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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

ITAPAJÉ: DENUNCIADO PELA PROCAP, EX-SECRETARIO AURIMAR RODRIGUES SE DEFENDE E ADMITE QUE ASSINAVA DOCUMENTOS SEM LER



A Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), do Ministério Público do Estado do Ceará, apresentou no dia 27 de julho a primeira denúncia criminal contra os investigados, entre eles o prefeito do município, Ciro Mesquita da Silva Braga, e o vereador Idervaldo Rodrigues Rocha. Além do prefeito e do vereador, a PROCAP ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) contra Manuel Anastácio Tabosa de Andrade Braga, sócio-proprietário da empresa A & B Construções e Serviços Ltda; Rocivaldo Sousa Araújo, ex-Secretário Municipal de Administração; Manoel Aurimar Rodrigues, ex-Secretário Municipal de desenvolvimento Econômico; Wedser de Souza Pinheiro, ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação; e Francisco Tony Peixe Cruz, ex-engenheiro da Prefeitura.

A ação penal descreve e imputa aos denunciados a prática, mediante comunhão de esforços e divisão de condutas, conjunta ou isoladamente, os crimes de associação criminosa, falsificação de documento público, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, extravio de documento, fraude processual, peculato, fraude em procedimento licitatório e lavagem de capitais.

Em entrevista ao departamento de jornalismo da rádio Atitude FM, Aurimar Rodrigues, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, se disse indignado com as acusações e afirmou que jamais praticou deliberadamente qualquer ação que viesse a lesar o erário público ou ainda causar quaisquer tipos de prejuízos à população itapajeense. Auri, como é popularmente conhecido, admitiu, no entanto que por repetidas vezes assinou documentos em confiança sem, no entanto, analisar detalhadamente para que se destinavam. O ex-secretário reiterou ainda que sua pasta não tinha dotações orçamentárias, tampouco autonomia financeira e administrativa para realizar licitações ou expedir ordens de pagamento sem o consentimento do chefe do Poder Executivo. Auri, apesar de ainda não ter sido notificado formalmente pela Justiça, colocou à disposição do Ministério Público e do poder Judiciário informações fiscais de seus rendimentos e declaração patrimonial.

Aurimar Rodrigues admitiu que errou ao assinar documentos sem lê-los, disse que foi ingênuo, mas afirmou que tudo que fez foi de boa fé.

O processo de investigação que culminou na prisão preventiva de Ciro Braga e Idervaldo Rodrigues Rocha teve início com denúncia feita pelos vereadores do bloco de oposição na Câmara sobre supostas irregularidades na licitação, reforma e cessão de um galpão industrial para uma empresa da cidade. A licitação e ordenação de despesa foram feitas através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. 
Fonte: Mardem Lopes

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