A ameaça de uma greve geral da Polícia Militar do Ceará,
prevista para ocorrer em janeiro próximo, deixou de ser um mero boato e agora
passa a ser realidade. No fim de semana, em vários grupos nas redes sociais,
lideranças da categoria já falam de táticas a serem colocadas em prática, como
tolerância zero e operação padrão. A etapa seguinte será a paralisação da
categoria.
O motivo da reação dos policiais militares cearenses é a
promessa de campanha do atual governador do Estado do Ceará, Camilo Santana
(PT), que não saiu ainda no papel. O gestor – então candidato – garantiu que
iria implantar a Média do Nordeste, isto é, equiparar os vencimentos dos
policiais cearenses com a média salarial das demais instituições congêneres da
Região Norte.
Camilo ordenou que se formassem grupos de estudo nas
polícias Civil e Militar para que a medida fosse implantada. Na semana passada,
diante da pressão das categorias, ele anunciou que enviaria à Assembleia
Legislativa a mensagem de lei que trata do assunto. No entanto, até agora nada
ficou concretizado e a AL deve entrar em recesso de fim de ano sem apreciar a
matéria.
Os policiais, no entanto, já advertem que, não basta apenas
a mensagem ser encaminhada ao Legislativo. O texto precisará estar atualizado
com valores que possam garantir um ganho nos vencimentos de policiais militares
e bombeiros militares. Já a Polícia Civil ficou fora do projeto, o que causou
surpresa e indignação da classe.
Fonte: Fernando Ribeiro
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